Docente da UCPel palestra em evento internacional sobre células gliais

O pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (PPGSC/UCPel), Adriano de Assis, foi conferencista no V International Symposium on Neurochemistry and Pathophysiology of the Glial Cell. O evento reuniu pesquisadores da Inglaterra, Portugal, Austrália, Cuba, Estados Unidos e discutiu a participação das células gliais em diferentes tipos de doenças cerebrais. 

Em sua conferência, Adriano apresentou uma padronização para um modelo de cultura celular voltada à observação de alterações precoces relacionadas à doença de Alzheimer. Desde 2018, o docente da UCPel estuda os mecanismos iniciais responsáveis pelo desenvolvimento da doença, o que poderá contribuir para a sua identificação  precoce. 

O evento organizado por professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) é um dos únicos do país a discutir as células gliais (que compõem o tecido nervoso junto com os neurônios) em doenças cerebrais. Entre os dias 9 e 12 de outubro, foram debatidos os avanços no conhecimento do papel da célula glial na fisiologia de neurônios e a relação com patogenia de enfermidades neurodegenerativas e tumores cerebrais.

Na avaliação do docente da UCPel, a participação em um evento internacional contribui para aumentar a visibilidade dos trabalhos desenvolvidos pela Católica, o que resulta em novos investimentos e parcerias. “Além disso, demonstra que apesar das dificuldades políticas e econômicas do país conseguimos produzir ciência de qualidade e no mesmo nível em que é realizado por grandes centros internacionais”, avalia.      

Além da palestra, Adriano aproveitou a participação no Simpósio para promover reuniões de trabalho com pesquisadores parceiros. Também iniciou contato com uma neurocientista da Universidade de Lisboa para a realização de futuros trabalhos em conjunto. 

 

Início dos testes

 

Para comprovar uma teoria inovadora no Brasil, a Neuroenergética, voltada a estudar alterações iniciais no metabolismo energético de neurônios, Adriano desenvolveu um modelo in vitro para análise dos efeitos moleculares precoces do Alzheimer. A partir dessas observações, será possível desvendar os mecanismos responsáveis pelo começo da doença.  

O trabalho apresentado pelo docente no Simpósio receberá novos experimentos até o final deste ano. “Os resultados até o momento demonstram que o modelo possui grande potencial para estudos das alterações precoces da doença de Alzheimer, mas são necessários mais testes”, avalia.

A criação do modelo iniciou no período em que atuou como pesquisador visitante da Universidade de Lausanne, na Suíça, no começo de 2019. O projeto terá continuidade no Laboratório de Neurociências da UCPel. 

 

Redação: Rita Wicth – MTB 14101

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