Duas docentes da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) produziram um capítulo do livro estrangeiro “Soberanía Alimentaria: prácticas y saberes locales para un movimiento global contrahegemônico”, produzido na Colômbia. Aline Mendonça dos Santos e Cristine Jaques Ribeiro, professoras do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos (PPGPSDH), contribuíram com suas pesquisas sobre o tema da soberania alimentar no Brasil. A obra foi lançada neste mês de outubro pela editora da Pontificia Universidad Javeriana, da cidade de Bogotá.
O capítulo em questão contém 26 páginas e aborda o tema da soberania alimentar e a economia solidária como estratégia da reforma agrária no Brasil. “A intenção é fortalecer as alianças internacionais construídas pelos movimentos sociais, pelos pesquisadores e profissionais que trabalham com a pauta da defesa do direito humano e da alimentação enquanto um direito em quantidade e qualidade nutricional para todos”, comenta a professora Cristine Ribeiro.
O exemplar traz dados históricos sobre o surgimento da soberania alimentar e do avanço do agrotóxico na alimentação. Conforme explica Cristine, o livro ainda expõe a importância dos povos no processo de controle da comercialização e distribuição dos alimentos. “No artigo, desenvolvemos essa defesa, de que a partir da soberania alimentar e das práticas cooperativas de economia solidária, é possível uma política de reforma agrária no Brasil”, explica.
Origem e desenvolvimento
A origem da publicação tem início a partir do Centro de Estudos da Universidade de Coimbra, em Portugal, da qual a professora Aline dos Santos fazia parte antes de ingressar na UCPel. Mas foi através do desenvolvimento e parceria por parte das editoras Giovanna Micarelli (Bélgica) e Luciana Jacob (Brasil) que o projeto teve andamento até tomar forma na editora da universidade colombiana.
A docente conta que o projeto levou, ao todo, quatro anos para ser concluído. “Foi muito esperado por nós e também pelos outros autores que participam. É um projeto muito qualificado, pois envolve um debate internacional em torno do tema e uma publicação muito criteriosa no processo de avaliação dos seus capítulos”, relatou.
A obra terá uma versão digital a ser lançada em novembro. Contudo, parte do conteúdo já pode ser visualizada on-line. Acessando o site, é possível conferir a introdução e algumas informações dos capítulos.
Redação por: Rafael Mirapalheta