Desenvolver a reflexão teórica, prática e descobrir novos conhecimentos com utilidade social é objetivo do Grupo de Pesquisa e Extensão em Política Social, Cidadania e Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas (GPE PSCSS/UCPel). Atualmente, 30 pessoas, entre acadêmicos de graduação, pós-graduação e egressos, são responsáveis por articular pesquisa, extensão e produção científica e técnica afim de alcançar resultados práticos.
Vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 2003, o grupo se consolidou com a criação do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos (PPGPSDH) em 2006. Apesar de ser voltado ao curso de Serviço Social e ao PPGPSDH, acadêmicos de Direito e Pedagogia também integram os trabalhos, conforme explica a coordenadora, professora Vini Rabassa da Silva. “Em função do interesse nos temas discutidos, conseguimos abranger outros cursos”, explica.
Para as atividades de 2018, o grupo atua em cinco subgrupos, sendo dois projetos de pesquisa, um de extensão, um projeto de educação continuada e também um núcleo sobre produção técnica. O primeiro projeto de pesquisa, intitulado “Elementos Intervenientes na Proteção Social de Transfronteiriços Indocumentados na Fronteira Arco Sul” aborda o acesso a políticas de assistência social para os moradores de cidades gêmeas brasileiras nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O outro projeto de pesquisa trabalha com a comunidade indígena Kaingang. “Políticas Sociais para Povos Indígenas: entre a integração social e a livre determinação” é realizado em parceria com a Universidad del Magdalena, da Colômbia. O grupo analisa a participação dos indígenas no acesso a políticas públicas e a forma como suas necessidades básicas são garantidas. “Pretendemos fazer um estudo e comparar as mesmas questões nos dois países”, explica a coordenadora.
Junto à pesquisa com os Kaingangs, o grupo desenvolve extensão na aldeia Gyró, localizada na Cascata. Fruto da assessoria prestada pela UCPel, o projeto acompanha e auxilia o acesso da comunidade a recursos públicos e estrutura o trabalho para venda de artesanatos. Além disso, articula o relacionamento dos indígenas com setores públicos, ONGs e Cáritas Arquidiocesana. “No ano passado outros cursos da Universidade somaram ao projeto, principalmente Arquitetura e Urbanismo, com a construção das casas”, acrescenta.
As pesquisas e os trabalhos desenvolvidos em parceria com o Fórum dos Conselhos Municipais de Pelotas demandaram um projeto de Educação Continuada. O grupo desenvolve um curso de formação sobre Políticas Públicas e Controle Social. Voltado para conselheiros municipais de Pelotas e municípios vizinhos, a atividade abrange participantes do legislativo de Pelotas, lideranças comunitárias e sindicalistas.
Outro aspecto trabalhado pelo grupo de pesquisa é o incentivo à produção científica e técnica por parte dos bolsitas (de pesquisa e extensão) e também pelos pós-graduandos de mestrado e doutorado. “Há preparação dos alunos para apresentar trabalhos em eventos, como o salão universitário”, explica a coordenadora. Em função disso, o grupo desenvolve um glossário com as concepções teóricas abordadas nas discussões. “Queremos publicar até o final do ano, mas será uma produção alimentada constantemente”, conta.
Além dos cinco subgrupos, o GPE PSCSS também organiza um Ciclo de Debates sobre Política Social, Participação e Particularidades Regionais para agosto. “O ciclo pretende ser um momento intensivo de formação dos subgrupos, nas diferentes temáticas que trabalhamos”, pontua. Para setembro, o II Colóquio de Políticas Sociais, Saberes, Práticas e Resistências integra a agenda do grupo. O evento bianual é desenvolvido em parceria com outras entidades como a Capelania da UCPel, Cáritas Arquidiocesana e o Fórum dos Conselhos Municipais.
O grupo ainda trabalha na elaboração do projeto de Vivências Acadêmicas, proposto pela UCPel para certificar os alunos e egressos participantes. “Acredito que será um importante passo na qualificação de currículos dos egressos, por exemplo”, finaliza a coordenadora do GPE PSCSS.
Redação: Piero Vicenzi