Professora da UCPel palestra para japoneses sobre economia solidária

A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas (PPGPSDH/UCPel), Aline Mendonça dos Santos, compartilhará com japoneses as experiências de autogestão da pedagogia na economia solidária da América Latina. O evento on-line Asia-LatAm dialog on solidarity economy ocorre nesta segunda-feira (17), às 21h, via plataforma Zoom, com tradução para o espanhol, inglês e japonês. 

De acordo com a docente da UCPel, o interesse dos japoneses pelas práticas de organização popular e de educação popular da América Latina foi surpreendente. “Eu estou tão curiosa e ansiosa pelo contato e aprendizado com eles quanto a expectativa que eles podem ter em relação a minha contribuição para seu processo formativo”, comenta.

Entretanto, Aline destaca que mesmo em contextos tão diferentes, também existe no Japão a lógica de opressão econômica, social e política. “A economia solidária e outras formas de produzir e de viver são referências de resistência a esta lógica de opressão e, portanto, podem ser articuladas e organizadas como alternativa em qualquer território e em qualquer contexto geopolítico”, completa. 

O tema da palestra de Aline será  オンライン勉強会「ブラジルにおける連帯経済向けの教育活動」 (Atividades Educativas para a Economia Solidária no Brasil). O convite para integrar o evento partiu do pesquisador Miguel Yasuyuki Hirota, enquanto ambos organizavam as atividades do Fórum Social Mundial das Economias Transformadoras (ocorrido virtualmente em julho).   

A docente da UCPel acredita que o interesse dos japoneses no assunto se deve, especialmente, por amadurecer a construção de um outro modelo de produzir e de viver a partir do processo pedagógico próprio da economia solidária e da autogestão.  “Desde o Toyotismo, o modelo japonês de organização do trabalho se tornou referência pelas flexibilizações da produção e do trabalho, o que implicou na desregulamentação dos direitos trabalhista, como o aumento das terceirizações, desemprego e precarização do trabalho”, relembra.

Na avaliação da docente, a economia solidária pode representar, de imediato, uma estratégia de inserção no mercado de trabalho. “Também é uma forma diferenciada de se relacionar com o trabalho e garantir as mínimas condições de dignidade humana”, finaliza.

Interessados podem acessar a página do evento pelo link.  

 

Redação: Rita Wicth – MTB 14101