Começou na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) a segunda edição do curso de Antropologia e Políticas Públicas, ministrado pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Direitos Humanos (PPGPSDH/UCPel) Tiago Lemões. A temática deste ano é Estado e intervenção estatal na perspectiva etnográfica. Os encontros são mensais e ocorrem na sala 334C do Campus I.
A turma é composta por 30 alunos, 20 deles discentes do PPG da UCPel e as outras 10 preenchidas pela comunidade acadêmica externa. Os participantes foram selecionados previamente através de duas etapas, a ordem de recebimento dos e-mails dos interessados durante o período de inscrições e a afinidade de pesquisa com a temática da antropologia do Estado.
A proposta do curso é articular os estudos em antropologia, especialmente os vinculados à antropologia de Estado, com uma abordagem nas políticas públicas. Segundo Lemões, há uma necessidade desse tipo de aproximação. “Ainda existe uma lacuna nos estudos sobre políticas públicas que não debatem a dimensão cotidiana, a forma como são construídas e como são vivenciadas na prática por aqueles que são objetos dessas políticas”.
A idealização dos encontros partiu de uma demanda dos próprios alunos do PPGPSDH que sentiam a carência de um aprofundamento em questões antropológicas. O objetivo é que haja uma imersão no universo das instituições públicas, para além de simples análises de documento e realização de entrevistas.
Durante o curso, as aulas serão ministradas pelo professor Tiago, mas há a possibilidade de convidar palestrantes para agregar às discussões. A intenção, segundo o docente, é chamar antropólogos da região para debater o espaço das entidades públicas, contudo ainda não há nomes definidos.
O primeiro encontro da turma ocorreu no dia 27 de agosto sobre Antropologia do Estado. Os próximos ocorrem 24/9, Etnografias do Estado; 29/10, Práticas Burocráticas e Etnografia Documental; 26/11, Violência e a Linguagem Humanitária e 10/12 A Dinâmica das Margens Estatais.
Redação: Lia Xavier