A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) promoveu na manhã desta sexta-feira (10) o Workshop em Segurança Pública: protagonismo do Município e da Universidade. O encontro, que contou com a presença de um dos consultores do Pacto Pelotas pela Paz, Alberto Kopittke, propôs o debate sobre a aproximação da UCPel com a perspectiva de contribuir com a iniciativa da prefeitura. A atividade se junta a uma série de ações para combater o barulho no entorno da Universidade.
O Pacto Pelotas Pela Paz está em busca de uma segurança com mais cidadania, acompanhada de programas sociais e prevenção. De acordo com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS), Luiz Antônio Chies, é justamente por isso que a UCPel, como uma universidade comunitária, integra esta parceria. “A UCPel poderá oferecer as suas competências em termos de direitos humanos e políticas sociais”, explica.
A Católica firma esta associação sendo capaz de contribuir com o projeto desde pesquisas mais amplas até processos de avaliação e monitoramento das ações do Pacto. “Podemos colaborar, por exemplo, com uma questão que vem sendo fundamental, que é a capacitação dos guardas municipais dentro desta nova perspectiva de uma segurança com cidadania”, comenta o coordenador do PPGPS.
Esta união responde a uma das principais críticas feitas às universidades, que é somente teorizar e não solucionar. “Este é o momento de mostrarmos que podemos, além de pesquisar, apontar falhas e insuficiências. No entanto, também podemos apresentar possibilidades e formas de enfrentar o problema”, aponta Chies. A Universidade espera que este laço permita unir conhecimento e resultados.
A cidade de Pelotas tem sido pioneira em promover debates sobre as formas de reduzir a violência. A ação municipal utiliza estratégias proativas para chegar à raiz do problema e vem atuando de forma preventiva e inovadora “O município chamou para si esta problemática e, ao longo deste ano, formamos o Pacto Pelotas Pela Paz, todo ele baseado em experiências que já funcionaram em outros lugares do mundo”, comenta o advogado e consultor do Pacto, Alberto Kopittke.
De acordo com Kopittke, é importante que a Prefeitura intensifique a fiscalização em relação à perturbação do sossego, visto que também é um problema sofrido nas redondezas da UCPel. “A cidade precisa agir nas pequenas perturbações, de modo preventivo, para que possa evitar futuros crimes”, conta.
Para o chefe do gabinete da Reitoria, professor Demócrito Primo dos Santos, a parceria da Universidade com a Prefeitura permitirá que o poder público crie mecanismos para amenizar o barulho no entorno da UCPel. “Esperamos que com o avanço do Pacto a problemática seja resolvida”. A situação tem sido debatida e existe um projeto de lei em tramitação na Câmara de Vereadores para proibir a comercialização de bebidas alcoólicas nas proximidades de instituições de ensino superior.
A UCPel espera que além da resolução das problemáticas que envolvem as redondezas da Universidade, o Pacto Pelotas Pela Paz possa combater, de maneira eficiente, a violência em todo âmbito municipal. Como uma instituição de ensino comunitária, a Católica busca o desenvolvimento de estudos teóricos e práticos que cooperem para uma parceria ativa e eficaz.
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